julho 04, 2009

Finestra:

Quem poderia ultrapassar os outros lados das janelas dos homens? São feitas de grades, cobertas de sondas insondáveis, e prendem objetos e emoções.
Abrigam lugares amenos, logram fechadas, regadas de solicitudes conhecidas e preparadas para uma noite de jantar feliz. Tudo armado, como um concreto é armado. Aqui a felicidade também é vã.
Alguém lhe espera lá dentro, atento e sorrindo muito mais que um sorriso forçado que fala de si. São os tantos que conheço, os outros em que me apeteço e confiam em mim.
Abri, desta vez, a janela sem as grades, retirei-as pelo telhado aberto, vi o céu azul e comecei a plantar margaridas e açucenas no jardim.
Pintei com outras cores os meus dias diferentes e descobri o Impressionismo que poderia fluir daqui.
Sóbrias grades que prenderam minha emoção. Guardaram a razão, mas esqueceram de fazer com que eu saísse de mim.

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Uma (in) sensatez paralela.