julho 31, 2009

Nas palavras de Bandeira.














És como um lírio alvo e franzino, Nascido ao pôr-do-sol, à beira d'água,

Numa paisagem erma onde cantava um sino
A de nascer inconsolável mágoa...
A vida é amarga. O amor, um pobre gozo...
Hás de amar e sofrer imcompreendido,
Triste lírio franzino, inquieto, ansioso,
Frágil e dolorido...

Veja mais Bandeira.
Desenho meu mess.



Simplesmente Eu.
























Estréia em agosto, no CCBB do Rio de Janeiro, o monólogo criado a partir de textos extraídos de depoimentos, entrevistas, correspondências e trechos das obras de Clarice Lispector.
Com direção, adaptação e interpretação: Beth Goulard.
Supervisão de Amir Haddad.
Duração de 60min. e classificação indicativa: 12 anos.

Não dá para perder.
Bjo a todos.

Hamilton de Holanda

http://www.hamiltondeholanda.com/site/blog.php

julho 06, 2009

Kate Perry


Dança, dança, minha gente!

Enquanto a chuva cai:


A chuva cai. O ar fica mole...
Indistinto...ambarino...gris...
E no monótono matiz
Da névoa enovelada bole
A folhagem como a bailar.

Torvelinhai, torrentes do ar!

Cantai, ó bátega chorosa,
As velhas árias funerais.
Minh'alma sofre e sonha e goza
À cantilena dos beirais.

Meu coração está sedento
De tão tardio pelo pranto.
Dai um brando acompanhamento
À canção do meu desencanto.

Volúpia dos abandonados...
Dos sós... - ouvir a água escorrer,
Lavando o tédio dos telhados
Que se sentem envelhecer...

Ó caro ruído embalador,
terno como a canção das amas!
Canta as baladas que mais amas,
Para embalar a minha dor!

A chuva cai. A chuva aumenta.
Cai, benfazeja, a bom cair!
Contenta as árvores! Contenta
As sementes que vão abrir!

Eu te bendigo, água que inundas!
Ó água amiga das raízes,
Que na nudez das terras fundas
Às vezes são tão infelizes!

E eu te amo! quer quando fustigas
Ao sopro mau dos vendavais
As grandes árvores antigas,
Quer quando mansamente cais.

É que na tua voz selvagem,
Voz de cortante, álgida mágoa,
Aprendi na cidade a ouvir
Como um eco que vem na aragem
A estrugir, rugir e mugir,
O lamento das quedas-d'água!

desenho di Bia


Olho de gato:

Foto: Bia

julho 04, 2009

O ovo e a galinha:


Nem eu, querida Clarice, compreendo bem.
Talvez um dia, quem sabe?
Por que treze balas, se apenas uma mata?

Algodão doce:


Mãos lindas de Sofia.

(Des) pensando melhor:



Assista o restante desta entrevista marcante na barra de vídeo que postei neste blog mais abaixo.

Poemeto Irônico:

Sorriso e Arte:


Minha grande amiga Adriana.
Minha irmã de alma, protetora nas horas de angústia.
Te amo, irmazona!

Foto: bia
Tema: Adriana Bandeira.

Retina poética:


Olhos, óleos.
Hori-zontes meus,
seus,
nossos...
que sentem,
fundem,
me chamam,
me amam,
me confundem,
invadem e
me fazem
sentir.
Tão breve,
tão leve,
tão fora,
tão aqui,
tão seu.
São óleos
inebriantes
em ti,
em cor,
em dor,
em flor
que se abriu açucena para mim.

texto-detexto: bia

Um canto de ideia:

Ninguém pode me ver aqui.
Sozinha, apressada, olhando a profusão de incógnitas sóbrias que proferem palavras de aconchego na hora do meu almoço.
Joga a pluma fora, pois a ideia quer passar.
Não é para ser plena e bela, mas deve falar a corações famintos pela inteligência que ainda não foi alcançada.
Inventariei minha cor e minha outra forma: mais que perfeita, mais que intensa, porém, tão inútil quanto um prato vazio na hora da fome.


palavras e foto: bia.

Lasar Segall:













Os horrores de nosso povo transmitidos na pintura, nos dedos, entalhes cortados e emiuçados pela tinta escorrida da tela. És meu Lasar Segall, minha inspiração, mestre de honrarias que proclamo em vezes pensativas, as que mais vivo, te fazendo presente aqui.


Dedicado ao povo Judeu. Shalom!


Obra apresentada:Refugiados.

Aquarela e guache sobre papel 39,5 x 48,6cm
Acervo Museu Lasar Segall> Ibram/MinC,São Paulo.

Amador Feliz:



Danço leve, simplesmente.
Danço feliz.
Como doce é o teu sorriso, me pus a cantar macio no arado.
Não olho para trás, por medo de cruzar com teus outros passos.
Dancei feliz, porque não sabia dançar...mas, dancei mesmo assim.
Sublime e leve, pois não saber também é preciso para ser leve.
Amador feliz. Sim, sou eu quem diz!
Alegre e desatento, vejo apenas o alento
que dedicas quando flutuas,
sendo mais leve que o próprio vento.

letra: bia
Foto: Maurízio (Morris)

Lembrando Clarice:

Minha liberdade é escrever. A palavra é o meu domínio sobre o mundo.

Clarice Lispector.


Finestra:

Quem poderia ultrapassar os outros lados das janelas dos homens? São feitas de grades, cobertas de sondas insondáveis, e prendem objetos e emoções.
Abrigam lugares amenos, logram fechadas, regadas de solicitudes conhecidas e preparadas para uma noite de jantar feliz. Tudo armado, como um concreto é armado. Aqui a felicidade também é vã.
Alguém lhe espera lá dentro, atento e sorrindo muito mais que um sorriso forçado que fala de si. São os tantos que conheço, os outros em que me apeteço e confiam em mim.
Abri, desta vez, a janela sem as grades, retirei-as pelo telhado aberto, vi o céu azul e comecei a plantar margaridas e açucenas no jardim.
Pintei com outras cores os meus dias diferentes e descobri o Impressionismo que poderia fluir daqui.
Sóbrias grades que prenderam minha emoção. Guardaram a razão, mas esqueceram de fazer com que eu saísse de mim.

Campo Aberto:



Paciência para entender que uma verdade pode ser verdade apenas para você, posto que ela é sua e de mais ninguém!


Maggi:

Volevo piangere e voleva sorriso, tutto in una volta. Io guardai da lei, come un uccello che vede la finestra e non riescono a raggiungere. Ho chiamato voi, potete urlare, ma non mi ha ascoltato, perché dentro di me urlo, vuoto, senza eco. Quando si fa uscire di qui e mostra ciò che veramente mi sento? Non so che mi ospiterà a cercare sia per gli uomini. Non sono in amore, di paura o di saggezza, conteneva i filosofi che, impregnati con le loro motivazioni e gli edifici propri pensieri, se non più sopraffatti dalla sexiness. Fotografa la mia anima giallo, giallo come il mio sorriso è un peccato per non saper comprendere me. Volevo abbraccio voi, ma lontano da me. Ho semper effettuare questa operazione, semper dire ciò che non avrebbe mai bevuto sul tavolo per una cena di festa per la famiglia.
Non le mie parole sono belle, perché gli uomini non sono così molto bene, mia cara. Abbiamo petali sbiadito, così io non osano essere così artisticamente bello come il mio dipingere una suporte.Pintarei il più felice giorno soleggiata, in modo che tu non rosso e non vi partir.Se lasciare mi ignorare voi, deve essere perché ti amo, pensaci ... anch'io ho pensato.
Baci, Itália!

Vidas secas



Um filme brasileiro, com direção de Nelson Pereira dos Santos e roteiro dele também. Clássico do nosso cinema, numa adaptação da obra de Graciliano ramos. A fotografia é assinada por Luís Carlos Barreto e José Rosa.
O filme se passa na década de 40, mostrando o sofrimento do nordestino com a sequidão de um deserto vazio e sem esperanças. Um grande clássico de nossa literatura, "Vidas secas" prima por uma narrativa seca e objetiva, que se contrapõe aos personagens idealizados e o estilo rebuscado dos escritores que, anteriormente retrataram a realidade nordestina. Segundo o literato Antônio Cândido: "A força de Graciliano ao construir um discurso poderoso a partir de personagens quase incapazes de falar, devido à rusticidade extrema, para os quais o narrador elabora uma linguagem virtual a partir do silêncio".

Para quem gosta de estudar cinema e fotografia.
b.pêggas.

A vida assim nos afeiçoa:




Ao nosso ouvido
A ama de todos
os mortais,
a esperança prometedora,
segreda coisas irreais.
E a vida vai tecendo laços
quase impossíveis de romper:
tudo o que amamos
são pedaços
vivos do nosso próprio ser.

(trecho) Manuel Bandeira.

julho 02, 2009

Etrusco:



Viagem insólita que deste mar ferverá em meu outro corpo ainda mais solene.
Sejam todos céticos em cada sorriso meu, neste carnaval onde me guardo sempre.

Bia Pêggas.